25 de abril de 2011

Viajando com bebês

Se bebês pudessem ter cartão de milhagem, Téo já poderia fazer resgate de passagem. Sei de crianças que viajam mais, tipo o João, da Maria Clara, que mora em Jacarta desde os três meses. Mas, para os padrões convencionais, Téo até viaja bastante. A primeira vez foi de avião, com um mês, para São Paulo. Fomos e voltamos no mesmo dia para a consulta do hemangioma.


São Paulo, com cinco meses
  Depois, com quase cinco meses, ele foi de novo. Ida e volta no mesmo dia. Curtiu o balanço do avião e se comportou super bem. Nas férias de janeiro, nos animamos a alçar voos mais altos: fomos para Natal. Ele estava com sete meses e ficamos cinco dias. Com oito meses, viajamos de carro para Araxá, 600 quilômetros para ir e outros 600 para voltar. E, agora nesse feriado, Téo encarou um vôo até São Paulo para ver a Dra. Heloisa, seguimos para o Rio poucas horas depois e voltamos para Brasília no sábado à noite. 
Não posso dizer que ele dê trabalho nos meios de transporte: tanto nas viagens de avião quanto na de carro, dorme a maior parte do tempo. Mas já percebemos uma mudança de comportamento nessa última ida a SP/Rio. Agora, ele fica mais tempo acordado, observa mais, resmunga um pouco por ter que ficar no colo. No caso do Téo, que é calminho demais, nada que tenha comprometido o conforto dos OUTROS passageiros! Hehe...



O que acho mais trabalhoso é a fase de preparativos. Planejar as compras pré-viagem, o que levar, fazer a mala, conferir se não tem nada ficando para trás. No caso de bebês, esquecer aquele travesseirinho que ele está acostumado pode ser “fatal” para o sossego dos pais. E dá-lhe listas e mais listas com roupinhas de calor, de frio, pijamas, sapatos, meias, roupa de banho, fraldas, fraldas de piscina, protetor solar, creme de assadura, termômetro, analgésico e por aí vai até o item 578 da lista.

Em relação à primeira viagem, percebi que as dificuldades vão mudando. Antes, era preciso me preocupar com a esterilização de chupetas e em levar tudo que ele fosse usar, de lençol a sabão de coco para lavar algo numa emergência. Meu melhor amigo era o rolo de saquinhos plásticos, aqueles de alimentos! Ali eu colocava o que já estava esterilizado, o sabonete, fraldinhas limpas, as trocas de roupa. Isso era especialmente importante na ida à praia, porque a areia entrava na sacola dele e sujava tudo que não estivesse devidamente protegido.
Em Natal, com sete meses
  
Nessa última viagem, a maior dificuldade foi a alimentação. E a maior facilidade também! Ele agora come comida normal, de self service. É mais fácil que sair carregando toneladas de potinhos Nestle, que depois de um ou dois dias a criança vê e quer sair correndo. Você pega um arroz, um feijãozinho, um bife pequeno, legumes cozidos e pronto. Mas isso é bem mais complicado que amamentar. E tem a questão logística: se eu vou em um restaurante especializado em feijoada, por exemplo, tenho antes que passar em outro para Téo comer.

De mais relevante, eu poderia ainda citar duas outras mudanças. Antes, dava mais trabalho fazer a mala. Agora, já posso usar qualquer lençol, a colher do restaurante, e uma lavadinha na chupeta resolve. Mas era mais fácil lidar com um bebezinho que ficava no carrinho dormindo feliz e contente que com um garotinho que quer andar, mexer nas coisas, estranha as pessoas.
De qualquer forma, acho que vale o “esforço” de viajar. Afinal, não podemos esperar a maioridade dos filhos para retomar os passeios. Mas acredito que é melhor dispensar alguns tipos de programas para garantir o conforto de pais e filhos. Passar um dia na praia é um deles. Acho que Nordeste, com aquele calor de 200 ºC é muito desconfortável para o bebê. Fica aquele grude eterno de filtro solar com areia. Achei muito mais negócio ir para o Rio e dar um pulinho na praia, por algumas horas. Sem falar que o calor carioca de outono é muito mais ameno, tem aquele ventinho bom.

Também “passei” as saídas noturnas. Melhor ter um bebê alegre e bem disposto a acompanhar os pais durante o dia, que sair à noite com o menino “capotando” e chorando manhoso. Acho que viajar por si só já tira o bebê da rotina. Então, se eu consigo fazê-lo dormir no horário habitual já é meio caminho andado para uma criança bem-humorada no dia seguinte.

É claro que isso é uma opinião pessoal, está cheio de gente que encara praia, muito sol, curtição noturna com bebê e tudo. Mas eu prefiro não ter mais trabalho nas férias que tenho em casa. Se for para “ralar” muito fora de casa, prefiro ficar no conforto do lar...

Semana Santa, com dez meses











3 comentários:

  1. Amei o post! Estou doida pra viajar com o JV, mas falta coragem! O Téo está cada dia mais lindo!!!! Parabéns Kat! Vc é uma mãezona!

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  2. Bem, como João nunca foi um bebê quietinho, a parte de fazer a mala ainda é muito chata pra mim. Aff, é muita coisa. E na volta, quando nem há mais a expectativa da viagem? Hahahah. Olha, aqui, mesmo com o calor infernal o tempo todo, tb acho praia um passeio bem difícil. Bom pra sujar tudo e mais um pouco e o menino enfiar areia na boca. Melhor é piscina. João é danado pra beber água com cloro, mas ainda é melhor que areia, né! Beijão

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  3. Fabi, pode viajar, com planejamento dá tudo certo! E não tenho nada de mãezona, sou só esforçada como todas nós somos!
    Maria Clara, também prefiro piscina! Essa viagem pra Araxá, num hotel confortável, sem muito calor, com piscina aquecida foi perfeita! Ele adorou e eu também aproveitei muito! Acho que pra essses programas só de praia eu vou esperar Téo estar um pouco mais velho, tipo dez anos de idade!

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