12 de abril de 2011

A famigerada chupeta

“Dá a chupeta, mamãe, dá a chupeta, mamãe, dá a chupeta pro neném não chorar”, já dizia a marchinha de outros carnavais. Mas, no que se refere a bebês, o que hoje é permitido e recomendado amanhã será execrado como o maior pecado da humanidade. E foi assim que a chupeta entrou nessa lista de “não faça”, com força. Dá cárie, entorta os dentes, deforma a boca! O Ministério da Saúde contra-indica o uso, porque prejudica o aleitamento materno. Só uma mãe muito, muito negligente deixaria seu rebento fazer movimentos de sucção naquele objeto de plástico.
Eu, mãe de primeira viagem, segui essas veementes recomendações e não dei chupeta para o Téo. Sentia um orgulho enorme em dizer: “não, ele não usa chupeta”. Cheguei a levar duas esterilizadinhas para a maternidade, mas fiquei feliz em perceber que elas não eram tão necessárias. Quando ele chorava, eu dava de mamar e ele dormia. Ou, então, ninava um pouquinho e ficava tudo bem. Quando ele teve cólica, apelamos para a chupeta com funchicória para aliviar o sofrimento dele, mas diante do insucesso dessa tentativa, abandonamos as chupetas dele num canto, amareladas pela funchicória...
Mas eis que veio a realidade contradizer todos os meus conhecimentos teóricos sobre a maternidade. Téo, sentindo uma necessidade urgente de sugar algo e sendo privado da chupeta pela mamãe, apelou à mais rudimentar técnica para se acalmar sozinho: chupar dedo. Terminava de mamar e lá ia o polegar para a boquinha. Acordava no meio da noite e chupava o dedo até adormecer de novo. Começava a ficar com sono e lá ia a mão para a boca, até encontrar o dedinho do aconchego. Meu filho, que não usava chupeta, chupava dedo! #fail
Conversei com a pediatra, que me orientou a dar a chupeta para ele. Segundo ela, esse objeto de plástico não é tão perverso assim, só vai trazer prejuízos eternos se for usado por muito tempo. Mas a frase que me convenceu definitivamente foi: “a chupeta a gente tira quando chegar a hora, o dedo não”. E chupar o dedo traz ainda mais danos para a criança: de problemas nos dentes a deformações no dedo. Ainda assim, Yuri não ficou satisfeito. Estava cego para a insistência do menino em colocar o dedo na boca: “não, ele só está lambendo o dedinho”. E o bebê “chomp, chomp, chomp”, sugando desesperadamente...
Aí eu dei a chupeta e vivemos felizes para sempre, certo? Em parte. Quem disse que o Téo queria chupeta? Tsc tsc... Eu colocava a dita cuja na boca dele, ele cuspia. Eu colocava de novo, ele começava a sugar, “ufa”. Mas dava um jeito de ir enfiando o dedinho na boca, junto com a chupeta! O pior era quando isso acontecia de noite. Eu ia e voltava do quarto sem parar, para trocar o delicioso polegar pela insossa chupeta!
Um dia ele acostumou. E aí a felicidade foi grande mesmo. Acredito até que foi mais fácil estabelecer a rotina de sono dele graças à chupeta. O bebê realmente tem uma necessidade de sucção infinita! Acho que o peito da mãe não dá conta de tanta “carência”. Ainda não tive coragem de perguntar para a pediatra qual é a idade em que vamos ter que tirar a chupeta! E o pai? Ah, agora é “Cadê a chupeta? Traz a chupeta, mamãe, pro bebê não chorar”.

4 comentários:

  1. Oi Katrine! Uma vez li que a maioria das pessoas que tem um blog não sabe o quanto são interessantes pois as pessoas não deixam recado rs!
    E eu sou uma delas, quase nunca deixo recado, mas acho seu blog muito legal!
    Um beijo e escreva sempre que der :)
    Maria Creuza

    ResponderExcluir
  2. Nossa, é verdade! Eu jurava que só tinha três leitores! Agora sei que são quatro! Kkkkk... :P
    Obrigada pela visita!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. CINCO! =)
    Apesar de ainda não ser mãe, estou achando tudo super interessante! Acho que quando engravidar vou te pedir um compilado dos textos do blog!hihi
    Além do que, sou completamente apaixonada pelo Téo! Não me canso de dizer como ele é lindo... Adoro ver fotos dele!
    Tati Lopes
    Bj

    ResponderExcluir
  4. Bem interessante seu blog!

    ResponderExcluir

Comente e faça a blogueira feliz!