21 de maio de 2013

Téo e a batalha contra o hemangioma


Como vocês leram aqui no blog, Téozinho está desde o primeiro mês de vida lutando para controlar seu hemangioma, do tipo que cresce, tem lesões, pode deixar sequelas e até ter risco para a vida. Felizmente, temos sido muito bem assistidos e ele vem conseguindo vencer todos os rounds dessa batalha. Apesar de o blog não ter mais notícias recentes sobre as aventuras do meu pequeno guerreiro, considero importante relatar o desenrolar do tratamento dele, já que ainda recebemos muitos e-mails e visitas ao blog de quem tem dúvidas sobre hemangiomas.
Téo com um mês de vida: o hemangioma está grande, muito vermelho, com grande volume interno e empurrando o nariz para cima.


O hemangioma com a ferida, no dia em que fomos a São Paulo pela primeira vez.
Só para recapitular: Téo nasceu com uma pequena manchinha na boca, diagnosticada como um hemangioma, ou seja, um tipo de tumor benigno que cresce e depois regride. Só que o dele cresceu rápido demais e num lugar inconveniente: o lábio superior, avançando em direção ao nariz. Poderia haver deformações e outros riscos. Com um mês de vida, estava com o tamanho de uma azeitona e surgiu uma lesão, que sangrava toda vez que ele mamava. Resolvemos buscar ajuda. Só encontramos tratamento especializado fora de Brasília. Mas, em São Paulo, ouvimos a boa notícia: ele poderia ser tratado antes de ficar com sequelas graves.
Téo alguns meses após começar o tratamento com propanolol.


Téo tomou propranolol por mais de um ano e o hemangioma melhorou muuuuito, significativamente. Algo espetacular mesmo. Em dezembro de 2012, ele já estava há um ano e  três meses sem tomar  o remédio, quando voltamos a São Paulo para o acompanhamento com a Dra Heloisa, que nos recebeu muito didática, como sempre, para discutirmos a continuidade do tratamento. O volume do hemangioma agora se resume a uma discretíssima bolinha interna, em cima do lábio, que só pode ser percebida quando ele sorri. A equipe médica da Dra. Heloisa, no A.C. Camargo, avaliou a boquinha dele e foi um consenso que ele não precisaria de cirurgia reparadora. Ufa! Os benefícios seriam pequenos, tendo em vista que não deve mais aumentar de tamanho.

Em dezembro, quando já tínhamos parado o propanolol há 1 ano e 3 meses.



A mancha vermelha no lábio e os vasinhos que ficam entre a boca e o nariz, porém, aumentaram. Não em quantidade, mas estão mais avermelhados e, por isso, mais visíveis. Tanto é que tive que concordar quando a doutora me perguntou se as pessoas estão  questionando o que é. Não fico muito tempo andando por aí sem ter que responder a algum curioso se ele caiu, se é uma cicatriz e tal. Dra Heloisa nos aconselhou o tratamento com laser para tirar essas marcas. Não qualquer um, mas um específico que atua melhor nesse tipo de lesão avermelhada, o Dye Laser.


Ao saber que ele teria que ficar sedado para fazer, porque dói e ele é pequeno, me deu um friozinho na barriga. Não resisti e perguntei à Dra. Heloisa se este seria só um procedimento estético e, portanto, menos importante. Como pais, foi nossa obrigação perguntar, afinal ninguém quer ver o filho passar por um procedimento desnecessário apenas para satisfazer algum desejo de que o baby seja perfeito. Ela foi muito clara ao me explicar que não é algo meramente estético, pois estamos cuidando para que Téo não se sinta diferente das outras crianças. Para que ele não tenha que responder que não é um machucado, que a mãe dele não deixou ele cair, e nem que ele não fez “arte” e levou um tombo, esse tipo de coisa que gente indiscreta  costuma perguntar. Pois, se doeu em mim o olhar de reprovação que já me lançaram quando ele era um bebê e o hemangioma estava ferido, como se eu fosse uma mãe relapsa e negligente, por que não incomodaria ele esse tipo de questionamento, uma criança prestes a entrar na fase de socialização, que está começando a se entender como indivíduo? Entendemos que aquilo era o que deveria ser feito e ficamos bem seguros com nossa decisão.


Esperamos passar o verão e a viagem para a praia, e agendamos a aplicação de Dye Laser para maio de 2013. Desta vez, fomos à Clínica Médica Ibirapuera, que é onde tem o equipamento. Nossa chegada a São Paulo foi com muita emoção: o avião estava com pneu furado, tivemos que pousar em Guarulhos, aguardar uma hora pelas malas, dar almoço para o Téo correndo (ele tinha que passar duas horas em jejum) e pegar um táxi voando para não nos atrasarmos! Foi bom para nos desviar do nervosismo, rsrsrs...


Téo estava tranquilão, gosta de viajar de avião, gosta de hotel... Nós contamos só o necessário para ele, que veríamos Dra. Heloísa, que ela o conhece desde bebê, que ia ver se a boquinha dele estava bem. Mas nós dois estávamos ansiosos. Ele teria que tomar um remédio para ficar meio sedado, não sabíamos direito se ia doer, como ia ficar depois... Na verdade, foi uma ansiedade desnecessária. A enfermeira que nos acolheu foi super didática e fomos ficando mais calmos.


A medicação era apenas para diminuir a dor no momento do procedimento e deixá-lo mais calmo, era Novalgina e Dormonid. Ele ficou bem grogue, mas nada que nos assustasse porque estava acordado, falando, brincando, só que beeem calmo. Ficou até engraçado! Foi com essa enfermeira que Téo entrou para fazer o laser. Nessa hora deu um apertinho no coração, vê-lo entrando sem a gente... Mas dali a dez minutinhos, já nos chamaram para falar com a doutora. Aguardamos um pouquinho e lá veio Téo todo tranquilo com um iPad na mão! Foi o jogo da memória mais looongo do mundo, porque, ainda sob o efeito do remédio, ele não acertava uma! Hehehe...


Logo após o laser, ainda na clínica.
A mancha da boca imediatamente parecia mais clara, assim como as manchas de dentro, na gengiva. As veiazinhas da bochecha e embaixo do nariz ficaram mais escuras, parecendo um machucadinho, mas nada assustador não. Inchou um pouco, mas ele tomou um anti-inflamatório e no segundo dia já estava normal. A manchinha escura da pele continua, temos que esperar para ver como ficou. Prometo colocar uma foto daqui a alguns dias.


Téo na noite depois do laser
Dra Heloisa nos explicou que o hemangioma mesmo acabou. Que alívio, viu! Agora o procedimento é fazermos aplicações de laser enquanto tiver manchas ainda, até que ninguém mais possa percebê-las. Nossa, saímos de lá levinhos, levinhos. Nosso pequeno ainda ficou todo engraçado por causa do remédio por algumas horas. No dia seguinte, graças a Deus, não se lembrava de nada. Olhou no espelho e perguntou: “que é esse vermelhinho?”. Não tinha nem noção do que tinha se passado. Novamente, contamos apenas o essencial, que era um tratamento e que ia sarar logo. As crianças na faixa de 2 ou 3 anos ainda não entendem longas explicações, temos que ser bem objetivos.  


Como eu sempre digo para todo mundo que me pergunta e, muitas vezes, até para os que não perguntaram, hemangiomas têm tratamento e devem, sim, ser controlados desde cedo. A maioria dos médicos país afora, alguns deles muito bons no que fazem inclusive, simplesmente desconhecem isso, não tem essa informação. Felizmente, com a internet, nós podemos nos informar e correr atrás do melhor tratamento o quanto antes. J

PS: Se você clicar nos links encontrará todos os contatos do que foi citado neste texto. Se quiser entrar em contato comigo, pode deixar um comentário aqui ou mandar e-mail  para katrinetb@yahoo.com.br.






 

9 de julho de 2012

Imaginação, o melhor brinquedo

Carrinhos, bolas, jogos, pelúcias, instrumentos musicais e uma infinidade de coisas. O quartinho do Téo está abarrotado de brinquedos dos mais variados tipos e tamanhos. Tudo tão divertido, tão educativo e tão criativo., que me pego surpresa com as preferências dele.

Antigamente, brinquedo era uma coisa cara. Tinha uns que só faziam parte da imaginação da maioria das crianças de classe média. Você sonhava com a casa da Barbie, ou com a mesa de cirurgia do Playmobil e ficava por isso mesmo. Dessa forma crescíamos, no jogo de desejos e frustrações que nos preparava para a vida de gente grande. A gente aprendia que não adiantava quebrar tudo ou dar piti, algumas coisas na vida a gente simplesmente não tem.

Lembro também que a variedade era significativamente menor. Todo mundo tinha o cachorro xereta puxado pela cordinha, um palhaço cujo corpo era feito de peças de encaixar coloridas, pega varetas, Banco Imobiliário (com dinheiro de papel mesmo, nada de cartão de crédito), uns tijolinhos coloridos, boneca bebezão e só. Para incrementar, um elástico virava brinquedo embaixo do bloco, as meninas trocavam papéis de carta e os meninos figurinhas.

Hoje, as lojas são um espetáculo made in China. Eu fico boba de ver quanta coisa legal tem. Até um mesmo jogo, tipo o Banco Imobiliário, tem várias versões, de diferentes preços. Tudo parece bem mais acessível também. Se você quer dar uma lembrancinha de R$ 30 pode escolher entre mil opções. Para um adulto, mal consegue comprar uma garrafa de vinho com valor semelhante!! Mesmo o brinquedo mais caro, está ao alcance da maioria da classe média, em 12 vezes sem juros no cartão.

Voltando ao Téo, ele ainda não tem esses desejos. E no auge da inocência dele, percebo como somos nós que deturpamos a graça da brincadeira. Ele nunca me pediu aquele carrinho fantástico que pisca, anda sozinho e até fala. Eu dei porque quis. Mas não, ele gosta mesmo é de um carrinho de plástico bem baratinho que ganhou na pescaria da festa junina da igreja. Chama de “carro do peixe”.  Numa loja de brinquedos, com crédito alto graças às trocas de presentes repetidos de aniversário, ele só queria os carrinhos baratinhos do Hot Wheels...  

E apesar de ter tantas coisas divertidíssimas para brincar, hoje de manhã o flagrei se divertindo com uma caixa de cápsulas Nespresso vazia: era o metrô. Eu sou de um tempo em que brinquedos não eram tão fartos e baratos. Quando vejo a quantidade de coisas que o Téo acumulou em dois anos de vida, sendo que nem somos de dar presentes fora de datas como Natal e aniversário, penso que algo deve estar errado. Pois, afinal de contas, não tem nada tão divertido como brincar de faz-de-conta.

30 de abril de 2012

Um viajante pelo velho mundo

 






Téo, o viajante.
Foi mais fácil que eu pensava. Viajar com o menino por quase 15 dias pela França foi moleza perto do que eu imaginei. Estava preparada para ver o menino emagrecer rejeitando a culinária francesa, passar noites em claro sentindo falta do berço, mal-humorado estranhando tantas mudanças de ambiente e clima. Mas Téo adorou. Tudo.

Na segunda noite, já tinha entendido que o colchão no chão ao lado da cama dos pais era o cantinho dele e ia sozinho pra lá quando anunciávamos a hora de dormir. Nas primeiras noites, ensaiou voltar para a sala vendo que, sem as grades do berço, estava livre! Desistiu quando perdeu a graça e preferiu ficar dormindo mesmo. Na volta pra casa, berço de novo, sem problema. Só não entendeu por que a mamãe não podia ficar “aqui, mamãe”, quando ele apontava para dentro do berço, querendo que eu deitasse um pouquinho ao lado dele como fazia na viagem. Fofo!

Gostar de vestir casacos e gorros, ele não gostou. Mas rapidinho entendeu que aquilo era necessário! Hehe... Não estava tão frio, mas para quem não está acostumado, pegar 10°C, 12°C é bem geladinho, né...  Para facilitar, compramos uma meia-calça de carros para ele usar embaixo da calça e tudo de carros aqui em casa é sucesso garantido. E compramos uma capa de chuva para o carrinho de bebê que permitia passearmos tranquilos ao ar livre.


Chuva, muita chuva em Paris.

A comida é um capítulo à parte! O menino a-m-o-u tudo! Os pães fizeram o maior sucesso, ele passou dois dias comendo praticamente só isso. As papinhas à base de salmão, peixe, galinha d’angola e receitas típicas da região foram todas aprovadas. É engraçado como alimentação é algo muito cultural desde sempre. Aqui a gente não costuma dar pimentão para os bebês. Eu mesma acho muito forte. Mas ele curtiu muito uma papinha que era cheia de pimentão. Mais: Téo gostou até mesmo dos queijos de lá! Aqui eu só dou queijo minas ou prato. Ele ficou fã de queijo de cabra! Os iogurtes, então... Aff, ele tomava sozinho, com gosto, e pedia outro!



Qualquer mercadinho da esquina tem pelo menos tudo isso de papinha! Os supermercados têm uma estande enorme inteira com infinitas opções!


No quesito entretenimento, Téo também só tem elogios ao velho mundo. Em Toulouse, cidade em que passamos a maior parte do tempo, os parquinhos tinham sempre brinquedos para a faixa etária dele, tudo bem seguro e educativo. Ele voltou querendo subir escadas sozinho, e cheio de auto-confiança, porque sem a necessidade de uma mãe neurótica com medo por perto, ele se soltou bem mais. E tem áreas para as crianças nos restaurantes grandes, nos vários parques e praças. Nossa, um sonho! Em qualquer lugar também era possível encontrar um daqueles carrosséis bem fofos, que o menino curtiu muito mesmo. 

Que parquinho divertido, mamãe!




Encantado com o metrô.
Mas o que ele mais gostou, sem sombra de dúvidas, foi de voar de avião por tantas horas, ver um monte de carros na rua e andar de metrô. Sim, juro. Para ele, passar nove horas no avião foi a maior diversão. Até dormiu, quase a viagem toda! Aqui em Brasília ele vê o trânsito de dentro do carro. Então, poder caminhar pela rua vendo os carros passarem fez o maior sucesso. Mas o preferido foi o metrô. Ele saía da estação e já queria voltar. Era um dos poucos momentos em que ele chorava! Ficou espantando, com os olhões arregalados, achando tudo fantástico.

A minha percepção em relação à viagem foi de que existe muita estrutura, nas cidades que visitei pelo menos, para os próprios pais cuidarem dos filhos. Como não há babás para ajudar, são os pais que têm que se virar, né... Mas tudo bem: você tem, por exemplo, o parquinho bem cuidado em todo canto, todo tipo de acessório para facilitar o cuidado com as crianças e várias opções de papinhas prontas. Várias mesmo. Quatro ou cinco marcas diferentes, inclusive algumas orgânicas, e vinte, trinta receitas. E tem comida para criança de 15, 18, 24 meses! Tem até chocolate específico para criança pequena, com reduzido teor de açúcar! Tudo adaptado.

Bom, pra finalizar e pra que ninguém pense que tudo “são flores”, vamos às dificuldades. Na Europa, nem sempre tem fila preferencial para quem tem bebês. E aí você fica lá carregando sua “malinha sem alça” de 13 quilos e ninguém está nem aí. Os franceses, particularmente, não toleram muito bem o comportamento das crianças: eles os educam para se calarem em público e já li até que só saem de casa quando a criança já tem condição de se portar bem. Tenho certeza que os gritinhos do Téo, fossem de felicidade ou de birra, me renderam alguns vários olhares de recriminação, os quais preferi ignorar. O menu enfant da maioria dos restaurantes é algo tão saudável quanto nuggets com batata frita. Eu acabei preferindo as papinhas prontas mesmo ou então Téo garfava nossa comida. Ele preferiu comer Cassoulet a se entupir de nuggets! Vai entender...

Sobre viajar com um bebê de um ano e 10 meses, eu acho que pode ser algo muito difícil, dependendo da percepção. Eu achei tudo ótimo, mas porque estava preparada “psicologicamente” para estar em casa antes das 21h, pra carregar minha mochila com tudo que ele poderia precisar o tempo todo, para visitar apenas duas cidades em quinze dias, para fazer os programas num ritmo bem mais devagar, para encarar algumas birras nos locais mais impróprios, para trocar fraldas de coco no meio da rua, enfim, para enfrentar alguns perrengues. Mas tudo bem, porque ele estava lá e, mesmo que não vá se lembrar, nós jamais nos esqueceremos de como foi boa a companhia dele. J


Dia em Portugal esperando o voo...

8 de fevereiro de 2012

Téo, o tagarela

Desde que o menino fez uns nove meses que eu perguntava para a pediatra quando ele começaria a falar. Ela é do estilo tranquila, perfeita para mães de primeira viagem ansiosas, e me respondia que isso só lá para os dois anos. Fato é que, até o primeiro ano, Téo não falava quase nada. Às vezes, saía um “ús”, quando a luz acendia, tinha um “mamããã” e um “tatá” de vez em quando também. Teve uma vez que ele falou batata, bem bonitinho. Foi a primeira palavra certinha dele. E nesse ritmo devagar quase parando ele foi até os 18 meses.

Aí, não mais que de repente, a língua do pequeno cidadão desenrolou e ele virou um tagarela. Nos últimos dois meses a velocidade com que ele aprende palavras novas é impressionante! Acho que a cada dia ele incorpora umas três ou quatro palavras em média ao vocabulário dele.

Claro que não é aquela fala toda articulada, com todas as sílabas pronunciadas, né. É língua de criança ainda, mas inteligível a maior parte do tempo. É “uvo” para uva, “su” para suco, “pao”, sem til mesmo, para pão. E rolam até umas frasesinhas: “qué saí, mamã”!

Mas a desenvoltura dele cresce mesmo quando o assunto é carro. Ele adora uma garagem! “Carrro vá saí”, quando do carro está indo para o portão. “Saiú... Tchau, carrrrro! Chô”, sendo que o “chô” é para dizer que o portão fechou. E tudo se repete trocando o verbo sair pelo entrar, quando tem um carro chegando na garagem. E não pode ver uma roda e já grita apontando: “Rrrró”! Nunca vi gostar tanto de carro! Bom, na verdade, ele tem a quem puxar. Pai e avô materno são apaixonados...

Do dia para a noite também ele começou a reconhecer as letras e números. V é a letra de vovó e vovô, T é de Téo e por aí vai. O mais engraçado é o P de “tatai”!! Hoje, pela primeira vez saiu um “papai”, mas foi rápido e ele voltou à forma “tatai”. Os números são “um, dossss, trêiiis, for”!!! Isso mesmo: FOR! Ele aprendeu o quatro com o computador de bebê dele, que é bilíngue! Hilário...

Muda tudo tão rápido! Até a inflexão da voz, ele mudou. Antes falava tudo do mesmo jeito. Mamãe era “mamã” e pronto. Agora tem: “mamãããããã”, “mamã???”, “maaaamã!” e até um mamã bem baixinho que ele usa para me acordar, passando a mão no meu cabelo. Ai, que amor!!! J

Top 10 de palavras engraçadas do pequeno Téo

Aff – água

Dodôr – elevador

Dodôr- computador

Tarim – carinho

A – Alessandra, a babá dele

Sopovo – Socorro, a babá da amiguinha

Totrô – trator

Dedê – DVD

Detchê – leite

Totó – panetone

25 de janeiro de 2012

O dia que o pequeno só queria comer panetone


“Totóóóóó!!!!!!!!!”, é assim que Téo grita toda vez que está com fome. Desde que conheceu o panetone ele só quer saber de comer o tal “totó”. No começo, era só para experimentar. Num dia natalino de dezembro, ele apontou para o chocotone e nós demos um pedacinho para ele provar. Ficou nisso. Dali a alguns dias, ele apontou de novo para o dito cujo. Demos mais um pedacinho. Quando ele aprendeu a pedir gritando “totó”, resolvemos substituir o de chocolate pelo de frutas, tentando desencorajá-lo. Mas não adiantou, ele gosta é da massa e não do chocolate. Desde então, ele é viciado em panetone.

Claro que já tentamos dizer que acabou, mas ele chorou de um jeito tão sentido e magoado que os pais bobões foram ao mercado com ele comprar mais um. Tio Márcio teve pena e mandou mais um. Os avós também o presentearam com totós. Tio André morreu de rir quando o menino saiu correndo com um sorriso do tamanho do mundo em direção à caixa amarela de totó. Todo dia, depois do café da manhã, do almoço e da janta, lá vinha o bebê: “Totóóóóó”!!! Ele vai enfiando o máximo possível na boquinha, como se tivesse medo de a comida fugir. Quando a boca está cheia, empurra com a mãozinha para caber mais um pouco!

Eis que nesta semana o problema se agravou. O pequeno resolveu que só queria comer totó. Não abria mais a boca para nada. Só chorava e gritava. Bem que a pediatra avisou que o doce poderia ter esse efeito... Mas é tão difícil resistir àquela carinha feliz quando abocanha o totó com todo gosto do mundo! E olha que eu e Yuri somos bem rígidos na alimentação dele: tudo saudável, fresquinho, orgânico, sem açúcar. O panetone foi a exceção...

E, assim, tivemos que exercer nossa autoridade de pais. Ficou decidido que não tinha mais totó. Não adiantou chorar, gritar, bater a cabeça no chão. Sob fortes protestos das avós “dá só um pedacinho”, “só hoje deixa ele trocar o almoço por panetone”, Téo foi dormir com fome, já que totó não ia comer e para o resto ele fechou a boca. Doeu, claro. É ruim ver que ele está sofrendo. Mas não foi o fim do mundo. Educar é difícil sim, porque implica em dizer “não” e desagradar a pessoa que a gente mais ama no mundo. Mas, tendo em mente um bem maior (produzir um cidadão decente, consciente de que o mundo não gira em torno do próprio umbigo), fica mais fácil tomar as atitudes necessárias. Sem culpa.

Talvez Téo não entenda agora os motivos racionais da nossa atitude: ter uma alimentação saudável e aprender que não pode ter tudo que quer são valores que agora não dizem nada para ele. Mas que o bichinho entendeu que não adiantava fazer chantagem, isso ele entendeu! Agora, está ali na sala, atracado com um prato de couve, feijão de corda, arroz e frango. De sobremesa, uva. E já são doze horas sem mencionar o tal.

PS: Decidimos que, nos fins de semana, ele poderá comer um pedaço de totó, se almoçar direitinho. ;)

8 de agosto de 2011

Birra, birra e mais birra...

Téo é um anjinho, amor de criança, a mais calma de todas. Segundo me dizem as outras mães com quem eu convivo. Mas ainda assim é um bebê e volta e meia nos “surpreende” com uma daquelas birras horrendas que quando não temos filho nos fazem virar os olhos para os tais pais que não tem controle das crianças. Pois é! Não temos sempre o controle! É fato! Por mais que nos esforcemos para educar, ensinar o que não se pode fazer, tem hora que a criança parece que surta, literalmente.
As birras do Téo estão nesse estágio. Não é toda hora, é verdade. Mas já cabe em uma mão a quantidade de vezes em que ele ficou tão revoltado com uma vontade contrariada que simplesmente deu um piti daqueles de todo mundo olhar e pensar: “o que aconteceu com essa criança?!”
É engraçado pensar que aquele serzinho tão pequeno, que há pouco tempo saiu de dentro da sua barriga, pode ser tão cheio de vontades e desejos. Ele vê a gente tomando café da manhã e já vem apontando o dedinho. Aí a gente o senta na mesa. Ele indica o pão. Quando entregamos a fatia de pão integral, ele aponta o requeijão, cheio de atitude! Come seu sanduíche, e mal acaba já está com o dedinho firme em direção às frutas ou ao suco de laranja! Depende do que lhe apetecer mais naquele dia! Pensem num mini-adulto!
E é dessa pessoinha cheia de vontades que surgem as birras. Basta que o desejo não possa ser satisfeito. Já li e me informei sobre o que fazer. E eu realmente sigo o manual. Não dou bola, ignoro, nunca atendo. Mas parece que, por mais que eu “treine” meu ar blasé, ele não se rende! Como se levasse o “cabo de guerra” às últimas conseqüências!
Bom, não se pode ceder mesmo. E é preciso ignorar. Temos feito isso. Reconheço que é uma prova de fogo! Mas parece que surte efeito. Já tem uma semana que ele não dá nenhuma “alteração” significativa. Rsrsrs... O que não quer dizer que não fique bravo quando tem as vontades contrariadas, mas já dá para ver uma luz no fim do túnel, né...

9 de julho de 2011

Dormindo com os anjinhos

Escrevo direto do Rio de Janeiro! Estamos tirando uns dias de férias aqui para visitar minha irmã, Camila, e meu cunhado, Felipe. Confesso que estava com muito medo de como Téo se comportaria nessa sua primeira viagem de férias de "menino grande". Ele é não mais aquele bebezinho, né...

Os receios eram muitos: alimentação, bagunça no voo, sono (o apê deles fica perto de uma rua movimentada, faz muito barulho), banho, o frio... A alimentação já estava complicado desde dois dias antes de a gente sair de Brasília. De repente, do nada, o menino resolveu parar de comer a comida de sal! Não abre mais a boca. É um custo colocar cinco, seis colheres para dentro daquele serzinho! O normal do Téo era abrir um bocão, todo feliz na hora de comer. Agora, a "porta" fechou! Só quer fruta e leite! Afe... Felizmente descobrimos algo de sal que ele come: papinha Nestle! Na última viagem ele tinha enjoado, mas agora começou a gostar de novo... Vai entender...

No voo ele se comportou muito bem. Não chorou, não deu piti, não quis sair andando na hora do "apertar cintos"... Dormiu a maior parte do tempo no colo do pai. Um anjo! O frio daqui do Rio também não está sendo tão dramático para ele. Não deu nenhum espirro, não está com nariz escorrendo... saúde em ordem. Também não está estranhando tomar banho de ducha em vez de banheira. Não trouxemos a banheira inflável porque a gente acha mais prático dar no chuveiro. Mas na última viagem ele tinha estranhado e chorava muito no banho. Agora, o Yuri deixa ele entrar no box andando, sozinho, todo "adulto". Aí ele vai feliz e fica lá em pé, embaixo do chuveiro. Com a supervisão do pai, claro! Eu cuido da parte "logística" de tirá-lo rápido do chuveiro e colocar a roupa no menor tempo possível para que ele não sinta frio!

Mas a melhor surpresa é o sono! Ele tem dormido direto das oito da noite até às nove da manhã! Nove da manhã! É fantástico! E olha que aqui faz muito barulho! Tem uma rua importante na esquina do prédio, então a gente ouve freadas, buzinas, caminhões... Enfim, barulhos de cidade grande. Mesmo assim, Téo tem dormido muito bem. E nós estamos aproveitando também! Hehe... No mais, tudo bem. Estamos nos divertindo. Camila e Felipe são ótimos anfitriões e o Rio é ótimo, né...